sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ilha de Mandela

No sábado, dia 19, estive na Ilha de Mandela, onde Nelson Mandela foi preso por 29 anos (na verdade saiu dali quando faltavam seis anos para cumprir a pena devido sua saúde) até o fim do Apartheid. Ele se tornou o primeiro presidente da África do Sul logo após isso, mas aceitou somente por quatro anos o mandato e preferiu se afastar. Até hoje vive em sua aldeia em Porto Elizabeth e divide o tempo com Johannesburgo, onde cuida da saúde. O presídio é cheio de histórias fascinantes, contadas por quatro ex-prisioneiros que desafiaram o poder na luta contra o apartheid e hoje são guias.
O passeio para a Ilha tem como ponto de partida o Porto, e é super concorrio, sendo necessário o agendameto, o fizemos com meses de antecedência. Na Ilha, o cemitério dos leprosos, a pedreira onde trabalhou Mandela, que fica junto à outros homens (lideranças), separados em alas e pedreiras diferentes, para que não influenciassem outros prisioneiros com suas idéias. Mandela escreveu livros na prisão e guardou com ajuda de outros presos. A estratégia era colocar atrás de um cactus na área de sol, e dali, era retirado e guardado. Essa é só uma das peripécias que realizavam, em todas você encontra uma história de um povo que sabe valorizar a união. Um exemplo disso é quanto as refeições, pois os prisioneiros eram separados de tal forma que o negro sempre ficasse em situação inferior, apenas eles ganhavam bermudas e não calças como uniforme na prisão, como os demais (asiáticos, indianos, mestiços e outros).
As refeições eram diferenciadas e um dia todos os prisioneiros se recusaram a comer até que a comida fosse igual para todos, desde então passaram a servir somente sopa, todos os dias.

Metade das casas construídas para abrigar os funcionários da prisão, abriga hoje as pessoas que trabalham na Ilha, que se transformou em um museu.

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