O que acontece hoje na minha aldeia?
Hum... hoje foi publicada uma portaria do Imac, no Diáfio Oficial, acatando a decisão da Justiça Federal, de proibição da queimada, permitindo apenas aos produtores de subsistência, ou seja, pequenos produtores que plantam para consumo e pequenas vendas a queimar um hectare de terra.
Lendo isso, fiquei pensando no meu passado. Cheguei no Acre em 2003, mas foi em 2005 que presenciei uma grande e devastadora queimada, na capital, ficamos dias sem ver o sol, pois no céu só havia fumaça. Andar nas ruas da capital era um desavio diante da dificuldade para respirar, e para quem já teve asma, aff... nem se comenta.
No ano seguinte fui trabalhar em um projeto ambiental - Projeto de Gestão Ambiental Integrada (PGAI) - e pude saber mais e vivenciar a política ambiental do Estado. A luta era e é para não só proibir, mas mostrar uma alternativa para preparo da terra que não seja o fogo. Chico Mendes defendia que o homem precisa preservar a natureza porque precisa dela pra viver. É algo tão óbvio, cheio de lógica, mas tão difícil de fazer diante de um mundo tão capitalista, onde o consumo é a palavra de ordem. Mas o Acre, o seu povo, o povo da Amazônia não desiste. E é assim minha aldeia, feitos e preceitos, razão e emoção, floresta e derrubada/queimada, homem e natureza, uma luta constante pela vida.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
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